A mulher não é apenas um corpo,

muito menos um objeto.

Ela precisa (e muito) de cuidados,

proteção, respeito e amor.

A mulher que a tudo atura,

forte, dona de si

está cansada de correr risco

na pandemia de violência doméstica,

onde o medo da agressão impera.

A mulher auxiliadora cumpre sua missão,

mas não pode ser submissa

diante da sobrecarga de funções:

das obrigações com filhos,

divisão sexual do trabalho,

esforço físico e mental,

agenda lotada de atividades.

Como não enlouquecer?

A mulher invisível vê o que ninguém vê.

Ela quer apenas ser enxergada com outros olhos;

olhos que queiram ver o seu real valor.

 

Publicado na Revista Barbante 113, Natal - RN, (7 set./2025).

Há falsos sorrisos

enganando os lábios

e tantas falhas sem razão...

 

A emoção precisa ser renovada

com esperança investida

não deixando o disfarce prevalecer.

 

Um dia tudo termina

mandando a tristeza embora

amarrada por laços de espírito.

 

sem dores

sem medos

sem lágrimas...